Processo Seletivo História

18/09/2019 14:36

RESULTADO FINAL PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO

 

Resultado dos Pedidos de Recursos da Prova Escrita

 

RELAÇÃO DE CANDIDATOS APROVADOS NA PROVA ESCRITA DO PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO PARA CONTRATAÇÃO DE PROFESSOR POR TEMPO DETERMINADO, NA ÁREA DE CONHECIMENTO DE HISTÓRIA, EDITAL N9 109/DDP/PRODEGESP/2019,d e 05 de setembro de 2019. PROCESSO: 23080.056482/2019-23

Relação dos candidatos aprovados na prova escrita

SORTEIO DE PONTO E PROVA DIDÁTICA: CRONOGRAMA

CRONOGRAMA PROCESSO SELETIVO HISTÓRIA

COMUNICADO:

Os resultados da prova escrita não serão divulgados no dia 18 de setembro, conforme previsto. Segue abaixo o novo cronograma com as devidas alterações.

CRONOGRAMA PROCESSO SELETIVO PROFESSOR(A) SUBSTITUTO(A)

HISTÓRIA

Alterado em 18/09/19 às 18h30

CRONOGRAMAPROCESSOSELETIVOPROFESSOR-revisado

Port.81.CA.2019- Banca Processo Seletivo História

Processo Seletivo- História 

Inscrições Homologadas

A Festa das Culturas e Olimpíadas do CA

18/09/2019 12:55

Nossa Festa das Culturas, cuja realização estava programada, conforme divulgação anterior, para a data de 05 de outubro, foi suspensa neste ano por motivos alheios à nossa vontade. A discussão e decisão dessa suspensão foi feita em reunião do Colegiado do CA em 09/09.

Assim, no dia 05 de outubro, ocorrerá a abertura das Olimpíadas do CA, que nesse ano comemora seus 50 anos. Essa abertura será no CDS, entre 8h e 12h, período no qual teremos o show de talentos e a venda de cachorro-quente, pipoca, doces, salgados e bebidas, além de brinquedos para as crianças e o brechó. 

É importante lembrar que, além do caráter festivo, a arrecadação financeira desse evento permite que se viabilizem projetos de estudo no CA e também as ações de acessibilidade individual desenvolvidas pela APP.

A tradicional Gincana feita com as turmas dos Anos Finais e Ensino Médio, que tem como um dos objetivos arrecadar itens para o evento, já está acontecendo. Contamos com a ajuda de todos na arrecadação de itens, tais como: comidas, bebidas e produtos para o brechó.

Estudante do CA vence etapa municipal das 6ª Olimpíadas de Língua Portuguesa

16/09/2019 10:27

Estudante do CA vence etapa municipal das 6ª Olimpíadas de Língua Portuguesa

A estudante Marina Bernardo Silva, do 8° ano D do Ensino Fundamental, foi uma das vencedoras da etapa municipal das Olimpíadas de Língua Portuguesa. Marina e sua professora de Português, Maria Isabel Teixeira Brisolara, foram selecionadas pelas comissões julgadoras nas etapas escolar e municipal e agora representam o CA na etapa estadual da OLP. Parabenizamos a estudante e a professora e desejamos sucesso nessa nova etapa.
Entenda o processo
 
A cada dois anos, ocorrem em todo o país as Olimpíadas de Língua Portuguesa. Escolas públicas de todas as unidades da federação desenvolvem oficinas voltadas à escrita de textos de gêneros específicos determinados pela Comissão Organizadora sobre a temática “O lugar onde vivo”. A adesão é voluntária e o certame ocorre nas etapas escolar, municipal, estadual, regional e nacional.
Em 2019, no Colégio de Aplicação, inscreveram-se na Olimpíada de Língua Portuguesa os professores de sétimos, oitavos e nonos anos do Ensino Fundamental. Os sétimos anos trabalharam com o gênero memórias literárias, e os oitavos e nonos, com crônicas. Os professores inscritos, Ana Carina Baron Engerroff, Maria Isabel Teixeira Brisolara e George França, desenvolveram uma série de atividades com seus alunos em torno desses gêneros, para se chegar à escrita e à reescritura em sala de aula com todos os estudantes das turmas dessas séries.
Na semana de 12 a 19 de agosto, a comissão julgadora escolar, composta pelas professoras Fernanda Müller, Arlyse Silva Ditter e Cristiane Seimetz Rodrigues, reuniu-se para eleger o texto representante do Colégio de Aplicação em cada uma das categorias.
No gênero “memórias literárias”, o texto escolhido foi “Incêndio de café”, de Luisa dos Santos Pereira (7°A), com menção honrosa para “441”, de Nina Fritsche (7°B).
No gênero “crônica“, elegeu-se o texto “Entre surfistas e pescadores”, de Marina Bernardo Silva (8°D). Receberam menções honrosas as produções “Destino (des)esperado”, de Ana Luiza da Costa Batista (9°A); “Nas rachaduras do muro”, de Alis Moros Scheibe (9°B); e “Calor? Frio? Está chovendo agora?”, de Maria Clara de Oliveira Manna (9°C).
Parabenizamos todos os estudantes participantes, pelas produções apresentadas, e os docentes envolvidos. Confira, a seguir, os textos selecionados:
Incêndio de café
(Luisa dos Santos Pereira)
Meu nome é Leopoldina Maria Pereira. Sou órfã desde muito pequena. Minha
mãe foi carregada pelo mar quando foi colher mariscos nas pedras. Desde então, fui criada pelos meus tios e minhas primas eram como minhas irmãs.
Irei contar um episódio de que carrego as marcas até hoje. Uma vez, lá pela década
de 50, quando eu ainda era uma criança não muito pequena, em uma cidade não muito
grande que ficava em Santa Catarina, o sol ainda não havia nascido, mas eu e meus  irmãos já estávamos indo pela estrada de chão até a roça de cana-de-açúcar.
Quando chegamos, fui esquentar o café. O vento bateu e as faíscas voaram até a
plantação, como um pássaro indo para seu ninho.
Com a plantação de cana em chamas, precisávamos apagar o incêndio, pois meus
tios só chegariam depois. Mas, enquanto tentávamos, o fogo de café se derramava em
mim e nos meus irmãos. Para nos livrar do fogo que nos queimava, tínhamos que pular
em uma cachoeira que havia perto.
Assim apagamos nossas chamas, mas toda a plantação se queimou com o fogo de
café.
Hoje ainda levo as marcas daquele dia, meus pés carregam cicatrizes do fogo,
minhas unhas se encravaram por conta da enxada. Na memória, o fogo de café ainda
queima e as faíscas ainda estão acesas.

Texto escrito a partir do relato de Leopoldina Maria Pereira (78 anos).

Entre surfistas e pescadores
(Marina Bernardo Silva)
Todo ano no inverno acontece a pesca da tainha que é como uma festa para os
pescadores e moradores nativos de alguns bairros de Florianópolis. Porém, para os
surfistas é uma grande decepção.
Para avós pescadores, como o meu, essa é a estação certa para ensinar o neto ou a neta a pescar, fazer uma bela tarrafa, é a estação onde o que importa é pescar uma tainha para fritá-la e comê-la em um almoço de sábado, onde geralmente todos fofocam sobre a
família, com aquele diálogo rápido, bem manezinho, onde até você, que é nativa da ilha,
não entende direito.
Esta briga que no meu bairro já acontece há muito tempo, na minha família teve seu
início quando a minha mãe conheceu o meu pai. Ela, que vinha de uma família de
pescadores, casou-se com um surfista e, nessa mistura, eu vivi desde pequena. Cresci
indo a reuniões com o meu pai, que era presidente da associação de moradores, para
decidir quem no inverno ficaria com a praia: os pescadores que iriam se realizar com as
tainhas? Ou os surfistas que, mesmo no frio e na água gelada, se recusariam a deixar a
onda quebrar antes de pegarem um tubo?
A estação não importa, no frio ou no calor a única coisa que os surfistas querem é pegar
uma onda grande, aproveitar um dia inteirinho para se sentirem livres. Eu pego onda e
sei como é sentir a sensação de liberdade, onde nada importa. Você se sente livre,
calma, só pensa em se divertir. Quando você recebe a notícia de que vai ter o seu tempo
de liberdade cortado, você se sente ofendida praticamente como se estivesse faltando
algo dentro de si.
Desde criancinha já venho vivenciando esse impasse. Não consigo pensar em escolher
entre as duas coisas que já estão presentes na minha vida há muito tempo, afinal
reconheço tanto essas duas práticas que seria injusto com os dois lados que eu elegesse
um único, pois se nesse período os pescadores não pescassem uma grande quantidade
de tainhas, talvez ficassem sem seu sustento. Mas e os surfistas? Eles também precisam
do mar e da onda para conseguirem seguir com o seu hobbie e sua profissão.
A pesca da tainha que é uma cultura tão linda, nos dias de hoje é tomada, aos poucos,
pelo esquecimento de muitos, todavia a população mais antiga do meu bairro, que é
formada por muitos pescadores, vem tentando mantê-la. Então eu reflito: será mesmo
que os surfistas deveriam ter essa raiva ou essa mágoa por não poderem surfar nesta
única estação que é tão valiosa para os pescadores? Penso em como o meu avô e outros
da sua idade há tantos anos lutam para manter um acordo criado por ambos os lados,
onde o mar é exclusivamente até as cinco da tarde para aqueles que pescam, após isso
os surfistas podem voltar a remar na água gelada do inverno.
Talvez não seja uma ideia tão ruim dar espaço aos pescadores nativos da ilha nesses
momentos, já que um dia, não tão distante, eles e toda a cultura açoriana, serão iguais às
ondas que crescem e se quebram, virando apenas espuma que aos poucos vai sumindo,
como borrões que se apagam em nossa memória.
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Prof. Dr. George França

Colégio de Aplicação
Centro de Ciências da Educação
Universidade Federal de Santa Catarina